Conflitos de uma mente dualista...

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Cara, cadê minha chave? - Parte I

Olha, eu não sou muito fã de fracionamento de posts. Mas também não sou fã de posts gigantes. Então vou ser obrigada a fracionar este. Mas mesmo fracionado vai ficar gigante... E é bom que ele vai servir como teaser... rs Então vamos lá.

Baseado em fatos reais


- Alô?
- Luciana?
- Oi Jorge. Que foi?
- Luciana, éééééé... que eu esqueci minha chave de casa no escritório. Já olhei tudo aqui no carro e não está aqui. E o pior... o fisioterapeuta não apareceu!
- Ué, não?
- Não e ainda tem gente aqui na fila esperando para ser atendido. Eu é que não vou ficar aqui mofando.
- E aí, que que você vai fazer?
- Vou pegar uma roupa emprestada pra ir pro jiu-jitsu com o pessoal aqui. Ah! E depois vou na despedida de solteiro do meu primo...
- Ah, vai ser hoje? A-hã. A-hã. Tá bom. Tá. Então tá. Deixa eu voltar pra minha aula. Divirta-se. Beijo.
...
Finalmente Luciana ia ter umas horinhas de folga, à noite, só pra ela. De vez em quando era bom que seu marido saísse com os amigos, tomasse um choppinho. Assim ela poderia chegar em casa, pedir uma pizza, escrever no seu blog. Só ela e sua calopsita. Quem sabe até arrumar alguma gaveta bagunçada. Rapidamente se animou e já estava até arquitetando de matar a segunda aula da faculdade para ir embora, afinal, com a saída do marido para a gandaia, não ia ter caroninha de carrinho para casa e o horário do seu ônibus não era lá tão religioso, do tipo semana-santa-religioso, assim.
...
- Como assim você vai embora? Quem é que vai ficar falando palhaçadas comigo durante a aula?Ah, fica... A aula não tem a mesma graça sem você.
- Tá bom, Jorge Antonio. Mas você me deve uma pizza!
...
Depois da aula do professor Jorgianotti, Luciana seguiu feliz para casa. A aula acabara um pouco mais cedo do que o de costume, então poderia pegar um ônibus até o Centro, descer e pegar outro que a deixaria na porta de casa. E aí, blog-pizza-calopsitas-ARRIBA!
...
*AIMEUDEUS! PUTA QUE PARIU! CADÊ MINHA CHAVE?*
*Cacete! Eu também esqueci minha chave em casa! Puta que pariu! Que asna que eu sou!!!*
*Por que diabos eu só fui me lembrar disso agora que o ônibus tá entrando na minha rua e não me lembrei na hora que o Jorge me falou que ele estava sem a chave dele???*
*MERDA!*
...
- Boa noite, S. Jorge.
- Boa noite, D. Luciana e bom descanso.
- Ah! Se ao menos fosse simples assim...
- Oi D. Luciana?
- Nada não, S. Jorge. É que eu estou sem chave, S. Jorge. E o Jorge esqueceu a dele lá no trabalho dele também e não vai chegar em casa tão cedo. O senhor tem aí o telefone daquele chaveiro ali de baixo?
- Ih, D. Luciana... Tenho não...
- Como não, S. Jorge? Dá uma olhada aí na agendinha, tem que ter... Alô? Jorge? Jorge, eu também tô sem chave, Jorge. É, Jorge. Tu num se lembra que na hora que a gente saiu de casa hoje eu falei que tava sem chave mas que não ia voltar pra pegar porque a gente tava atrasado? Então. Eu vou chamar um chaveiro. Que isso! 200 reais? Não custa isso tudo não, tá doido? Tu vai voltar? Então tá. Tá bom. Tá. A-hã. Então tá. Beijo, tchau.
- Aqui, D. Luciana, o telefone do chaveiro.
- Ah tá. Alô, é do chaveiro? S. Chaveiro, eu moro aqui na rua de cima e esqueci minha chave em casa e eu queria saber quanto que custa pro senhor vir aqui abrir a porta pra mim. Quanto?? Mas isso tá incluído tudo, né? Tipo abrir, fechar e tal. Tá. A-hã. Tá. Então o senhor pode vir? Então tá. 20 minutos? Tá ótimo! Como é o nome do senhor mesmo? Ah, claro... Jorge. ‘Brigada!
...
- Alô, Jorge? Jorge, custa só 40 reais. Já chamei. Já tá vindo. Fica aí, tá? Beijo, tchau.



E aí, Luciana passou 25 minutos sentada na portaria esperando o chaveiro. Como esses 25 minutos pareceram uma eternidade, achei esse um bom momento para parar o post e fazer vocês verem como que 25 minutos de espera podem parecer 24h. Ou vice-versa. Amanhã acabo de contar a história.

Um comentário:

  1. Apesar de já ser primeiro de abril, o ocorrido no texto é REALMENTE baseado em fatos reais, não é MENTIRA rsrsrs

    ResponderExcluir